Vereadores cobram acesso a acordo entre Prefeitura e consórcios do transporte

Publicado em 20/10/2021 12:42
Por: Bruna Carvalho
Os vereadores de oposição se manifestaram na sessão desta quarta-feira (20) cobrando que a Prefeitura de Teresina envie à Casa Legislativa o texto do acordo celebrado com os consórcios do transporte coletivo da capital. Os parlamentares querem conhecer os termos acordados e fiscalizar o seu cumprimento. A solicitação de acesso à documentação foi feita pelos vereadores Edson Melo (PSDB), Ismael Silva (PSD) e Paulo Lopes (PSDB). "Precisamos acompanhar essa minuta nova que foi assinada pelos representantes dos consórcios com a gestão, saber os termos estabelecidos e com relação ao retorno das linhas radiais. Há uma modificação em relação ao sistema que estava sendo executado e a gente precisa acompanhar. Essa Casa já deu sua contribuição com a CPI, onde foi apresentado para a gestão o resultado desse trabalho, mas precisamos acompanhar essa questão e principalmente o retorno dos ônibus", destacou Paulo Lopes. Edson Melo ressaltou a complexidade do problema. "O problema não é tão simples. Eu não sei se volta essa normalidade de uma hora para outra porque temos que ter o equilíbrio entre a oferta de ônibus e o retorno financeiro para as empresas", disse. Para os parlamentares, já se passou muito tempo desde o início da crise do transporte. "Estamos caminhando para quase um ano de problema com o transporte, desde o início dessa gestão. A população não aguenta. O que a gente tem ouvido é que muitos trabalhadores já optaram por outros modais e isso preocupa porque isso é mais um problema que a gestão tem que saber conduzir. Aqui acredito que devemos ter encaminhamento e se pssível uma audiência nesta casa para tratar o assunto", completou. O vereador Joaquim Caldas (MDB) ressaltou ainda a situação dos trabalhadores do sistema do transporte, que estão acumulando dificuldades financeiras. "Imagine uma família que está há 10 meses sem receber o seu provento, as contas se acumulam. Estamos assistindo o debate do que vai sobrar para o empresário, para o usuário, mas a cada dia o trabalhador fica mais desamparado. Então, sugiro que esta Casa sente com o Ministério Público do Trabalho para estudar uma alternativa para esses trabalhadores", finalizou.