Paulo Lopes afirma que má gestão tem ocasionado problemas na saúde de Teresina e cobra solução urgente
Publicado em 05/12/2022 17:29
Por: Bruna Carvalho
O vereador Paulo Lopes (PSDB) afirmou, nesta segunda-feira (05), que os problemas que de falta de insumos e de profissionais para atendimento à população nas unidades básicas de saúde e hospitais da capital se devem à falta de eficiência na gestão e à concentração das licitações de todos os órgãos da Prefeitura na Secretaria Municipal de Administração.
Segundo o parlamentar, há algum tempo a Câmara Municipal vem alertando para que a extinção da comissão de licitação da FMS e a concentração dos processos na Secretaria Municipal de Administração e, consequentemente, a quebra da prestação de serviços básicos.
"A gente amanhece o dia vendo as reclamações da população, principalmente pela falta de profissionais nas unidades básicas de saúde. Temos uma estrutura grande de unidades e uma carência de profissionais. Temos falado muito nesta Casa que antigamente tinha uma comissão de licitação na FMS e exercia o trabalho de preparação desses processos e infelizmente foi extinta e o resultado está aí. Falta agilidade nos processos licitatórios e isso ocasiona a falta dos insumos", disse o vereador durante audiência pública.
Ainda de acordo com o parlamentar, é necessário que a Fundação Municipal de Saúde dê uma resposta urgente para que a população possa voltar a ser atendida de forma digna. "Precisamos de uma data para que esses problemas sejam resolvidos", cobrou.
A audiência pública foi proposta pelos vereadores Paulo Lopes, Leonardo Eulálio, Ismael Silva, Capitão Roberval, Pollyana Rocha, Vinício Ferreira, Deolindo Moura e Teresinha Medeiros. Participaram da reunião o promotor Eny Marcos, lideranças comunitárias, representantes de entidades da saúde e o presidente da FMS, Gilberto Albuquerque.
A presidente do Sindicato dos Médicos, Lúcia Santos, também comentou sobre a falta de gestão da saúde. "Não se pode botar alguém numa gestão que não tenha preparo técnico. Estamos recebendo denúncias nesse sentido e o problema é gestão. Além de ser transparente, eficiente e responsável ela tem que ser técnica. A falta de pessoal na saúde, especialistas, elas têm que ser supridas por concurso público. Só assim vamos ter um sistema de funcionários atendendo a contento e vamos poder combater todo tipo de ingerência na gestão", explicou.
O Conselho Regional de Medicina fechou, no fim da semana passada, o Hospital e a Maternidade do Buenos Aires após fiscalização e constatação dos problemas da falta de insumos e de profissionais de medicina na UTI neonatal. Há denúncia de morte de um bebê em decorrência da falta de médico de plantão.