Sindicato dos garis e Eturb prestam depoimento à 7ª e 8ª CPI do Lixo

Publicado em 23/09/2025 19:38
Por: Alexandre Fonseca
As oitivas aconteceram no plenário da Câmara

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de Teresina realizou, nesta terça-feira (23), a 7ª e a 8ª oitivas que investigam possíveis irregularidades em contratações de serviços de limpeza pública no município.

Foram ouvidos o chefe da Gerência Executiva da Empresa Teresinense de Desenvolvimento Urbano (Eturb), Alexandre José da Silveira Neto, e o presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Piauí (Seeacep), Jonatas Miranda da Silva.

João José foi depoente convidado

Eles responderam a perguntas dos membros da comissão, representada pelo presidente Fernando Lima, pelo relator Deolindo Moura e pelos vereadores Luís André e Eduardo Draga Alana.

Alexandre José, coordenador do aterro sanitário de Teresina desde 2 de janeiro de 2025, foi questionado sobre o funcionamento da balança de caminhões, a destinação dos resíduos para um aterro particular e o mutirão de limpeza realizado no início da gestão. “O problema do lixo começa na cidade, na limpeza urbana e coleta. O aterro apenas recebe os resíduos”, disse.

Sindicalista Jonatas Miranda

Já o representante da categoria dos garis denunciou uma série de problemas enfrentados pelos trabalhadores. De acordo com Jonatas Miranda, a empresa Litucera chegou a pagar rescisões em até dez parcelas.

“Em seguida, entrou a Recicle, que, na opinião de todos os trabalhadores, foi a pior empresa que já prestou serviço aqui em Teresina. Empregados com dez meses de atraso no FGTS. A situação chegou a um extremo tão grande que tivemos que realizar sete greves em sete meses consecutivos”, criticou.

Jonatas e vereadores que compõem a comissão

O sindicalista também apontou que prefeitura depositava o valor em uma conta judicial para a Justiça do Trabalho determinar o repasse, porque a empresa não cumpria os acordos.

“Esses contratos emergenciais estão acabando com a cidade. Ou se lança um edital e se realiza um processo de licitação para sabermos quem vai ficar responsável pela limpeza pública, ou daqui a um ano estaremos aqui novamente brigando pelas rescisões e Teresina estará em greve”, alertou Jonatas.