Conheça o profissional que registra os discursos dos parlamentares da Câmara

Publicado em 03/05/2023 18:01
Por: Euro Viveiros
O Dia do Taquígrafo é celebrado no dia 03 de maio, em todo o Brasil. A atividade é aplicada em diversos órgãos como: assembleias legislativas, câmaras municipais, nos tribunais de justiça, nos tribunais eleitorais, entre outros. A profissão é fundamental para o registro oficial das ações do Parlamento Municipal  em Teresina, tudo que acontece passa pelos ouvidos dos analistas do setor de Taquigrafia e são eles os responsáveis por redigir os anais da Casa. [caption id="attachment_8428" align="aligncenter" width="1280"] Analistas do Setor de Taquigrafia CMT[/caption] A taquigrafia é uma profissão essencial para o registro, a transparência e a fidelidade das atividades públicas. A Câmara Municipal de Teresina possui 19 taquígrafos no seu quadro de servidores públicos. O setor de taquigrafia existe desde 1987, na Câmara sendo responsável pelo registro histórico de tudo o que acontece no Plenário e fora dele, durante as Sessões Ordinárias, Extraordinárias, Especiais e Audiências Públicas.   [caption id="attachment_8426" align="aligncenter" width="1280"] Marilde Soares, analista do setor de taquigrafia.[/caption] Tudo que acontece, cada rua asfaltada, cada obra, cada lei aprovada na Câmara Municipal passa pelos ouvidos dos analistas do setor de Taquigrafia que digitam os anais da Casa: “Nós coletamos a história de Teresina, a história política do município. Nós cumprimos o papel de documentar e passar para os anais da Câmara tudo que é relativo aos discursos oficiais. Para quem quiser, fazer pesquisas para estudar a história dessa cidade, o que acontece, como os vereadores se comportam, como a cidade se comporta e como as decisões são tomadas”, explica a Marilde Soares, analista do setor de taquigrafia há 35 anos do Poder Legislativo Municipal. Apesar de considerada uma profissão da antiguidade, o taquigrafo chegou aos dias atuais com plena importância para o exercício da cidadania no modelo republicano de sociedade. E com destaque durante o período pandêmico, com distanciamento social imposto pela pandemia de Covid-19, onde as reuniões aconteciam por videoconferências. Esse profissional destacou-se pela necessidade de se registrar rapidamente as manifestações orais, políticas e judiciais. “No início era muito cansativo, nos usávamos máquinas pesadas que cansavam com o manuseio. Além disso, nós tínhamos que ficar num horário após o fim da sessão para transcrever todo o trabalho do dia. Hoje, nossa profissão pode se considerar modernizada, porque nós contamos com sistemas de som e computadores para auxiliar no trabalho”, comentou Elzanira Monteiro, analista do setor de taquigrafia. Origem Utilizando a taquigrafia – palavra do grego tachys = rápido e grafia= escrita –, um método de escrita de símbolos que privilegia os fonemas, ou seja, os sons de cada palavra, o taquígrafo é capaz de escrever na mesma velocidade da fala.  No Brasil, a profissão foi introduzida oficialmente por José Bonifácio de Andrada e Silva – Patrono da Independência, no Parlamento brasileiro, em virtude da primeira Assembleia Constituinte, em 3 de maio de 1823. Não à toa, a classe escolheu a data como o seu dia nacional. Em 03 de maio de 1823, foi instituída oficialmente a taquigrafia parlamentar no país, a qual funcionou na primeira Assembleia Constituinte, cabendo assim aos taquígrafos escreverem a Constituição Brasileira de 1824.